Para meu amigo e irmão Biléo Soares que, apaixonado por sua cidade,
tinha o sonho de ver Campinas renascer.
É com grande tristeza que assisti
à reportagem da TVB (http://goo.gl/K2unn )
mostrando o descaso da Prefeitura Municipal de Campinas com o seu patrimônio
histórico. A matéria jornalística denuncia: Os cartões postais de Campinas
estão abandonados. A angústia ainda é maior, pois o campineiro sabe que a sua
cidade está inteiramente abandonada. A mídia vem noticiando diuturnamente todas
as mazelas que afligem nossa querida e combalida Campinas. Citarei só alguns
desses problemas, pois se fosse citá-los um a um, esse texto ficaria enfadonho
e extenso demais. É a Saúde campineira
que está doente. É a Educação campineira
que não consegue conjugar os verbos aprender e ler por falta de verbas. É a
Cultura campineira que sempre propagou sua luz por todo o Brasil e é hoje um
candeeiro quase apagado. É o descaso com nossas ruas e avenidas que as fazem se
espelhar nas crateras lunares. É triste!
É melancólico! É desesperador. A Administração Municipal Helio/Vilagra comandou
Campinas nos últimos anos, aproveitando-se da esperança do povo campineiro por tempos
melhores. Manipuladora, desprovida de
quaisquer princípios éticos, maquiava suas ações e obras com muita propaganda e
marketing. Vinte e quatro horas por dia divulgava a mesma mentira, que repetida
reiteradas vezes tinha o condão de fazer todos crer que essa mentira era
verdade: “Primeiro-os-que-mais-precisam! Primeiro-os-que-mais-precisam! Primeiro-os-que-mais-precisam!”
Puro engodo. Faziam de conta que
trabalhavam. Parafraseando Chico Buarque de Holanda, o cidadão campineiro,
embriagado pelo néctar distribuído pelo marketing e pela fé que é peculiar a um
povo de boa índole, não percebeu que “a nossa Pátria (Campinas) era subtraída
em tenebrosas transações”. Também não
podemos nos esquecer do legislativo Campineiro. Com o seu olhar passivo, a Câmara
Municipal de Campinas esteve esses anos todos inoperante e atrelada
fisiologicamente ao executivo. Não há dúvidas, de que a maioria dos vereadores
campineiros foi conivente com a Administração Hélio/Vilagra e ajudou a destruir
nossa cidade e a nos roubar oito anos de progresso e desenvolvimento. Hoje o
povo campineiro tem “cento-e-vinte-seis-por-cento” de certeza disso. Somando esses quase oito anos de Hélio/Vilagra,
aos anos desastrosos da Administração Izalene Tiene e os quatro anos de marasmo
e estagnação da Administração Chico Amaral, podemos dizer sem medo de errar que
Campinas está agonizando, quase morta, só não pereceu, pela pujança de seu povo
e pela grandeza de sua história. Junte a tudo isso ainda, uma das maiores
perdas que Campinas já teve: a inexplicável morte do prefeito Antonio da Costa
Santos, que muito mais do que o Toninho do PT, era sem dúvida, o Toninho de
Campinas, um dos últimos políticos verdadeiramente apaixonados por nossa
cidade. Mas estou cansado de falar sobre coisas tristes. Hoje é domingo de
Páscoa! É dia de alegria. Sem querer desrespeitar o significado religioso da
Páscoa, ou seja, o da Ressurreição de Cristo, a Páscoa é também um símbolo
universal. Independente de qual seja a
sua religião, o simbolismo que representa a Páscoa é o da ressurreição, do
renascimento. Devemos deixar renascer
dentro de cada um de nós os sentimentos mais valiosos que temos e, que muitas
vezes sem perceber, nos esquecemos deles. Eles ficam adormecidos, mas ainda
estão dentro de nós. Devemos deixar ressurgir, o amor, a fraternidade, a
amizade, a compreensão e o perdão, sentimentos dos mais puros que nada tem a
ver com condescendência. Esses sentimentos também devem inebriar o coração de
todo cidadão campineiro que sonha em ver Campinas ressurgir das cinzas. Não podemos
ser condescendentes, não podemos ser omissos. Em sete de Outubro quando teremos
eleições municipais, Campinas espera poder comemorar a sua “Páscoa”. Campinas
merece renascer.
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