domingo, 8 de abril de 2012

A Páscoa e as eleições campineiras.


Para meu amigo e irmão Biléo Soares que, apaixonado por sua cidade, tinha o sonho de ver Campinas renascer.


É com grande tristeza que assisti à reportagem da TVB (http://goo.gl/K2unn ) mostrando o descaso da Prefeitura Municipal de Campinas com o seu patrimônio histórico. A matéria jornalística denuncia: Os cartões postais de Campinas estão abandonados. A angústia ainda é maior, pois o campineiro sabe que a sua cidade está inteiramente abandonada. A mídia vem noticiando diuturnamente todas as mazelas que afligem nossa querida e combalida Campinas. Citarei só alguns desses problemas, pois se fosse citá-los um a um, esse texto ficaria enfadonho e extenso demais.  É a Saúde campineira que está doente.  É a Educação campineira que não consegue conjugar os verbos aprender e ler por falta de verbas. É a Cultura campineira que sempre propagou sua luz por todo o Brasil e é hoje um candeeiro quase apagado. É o descaso com nossas ruas e avenidas que as fazem se espelhar nas crateras lunares.  É triste! É melancólico! É desesperador. A Administração Municipal Helio/Vilagra comandou Campinas nos últimos anos, aproveitando-se da esperança do povo campineiro por tempos melhores.  Manipuladora, desprovida de quaisquer princípios éticos, maquiava suas ações e obras com muita propaganda e marketing. Vinte e quatro horas por dia divulgava a mesma mentira, que repetida reiteradas vezes tinha o condão de fazer todos crer que essa mentira era verdade: “Primeiro-os-que-mais-precisam! Primeiro-os-que-mais-precisam! Primeiro-os-que-mais-precisam!” Puro engodo.  Faziam de conta que trabalhavam. Parafraseando Chico Buarque de Holanda, o cidadão campineiro, embriagado pelo néctar distribuído pelo marketing e pela fé que é peculiar a um povo de boa índole, não percebeu que “a nossa Pátria (Campinas) era subtraída em tenebrosas transações”.  Também não podemos nos esquecer do legislativo Campineiro. Com o seu olhar passivo, a Câmara Municipal de Campinas esteve esses anos todos inoperante e atrelada fisiologicamente ao executivo. Não há dúvidas, de que a maioria dos vereadores campineiros foi conivente com a Administração Hélio/Vilagra e ajudou a destruir nossa cidade e a nos roubar oito anos de progresso e desenvolvimento. Hoje o povo campineiro tem “cento-e-vinte-seis-por-cento” de certeza disso.  Somando esses quase oito anos de Hélio/Vilagra, aos anos desastrosos da Administração Izalene Tiene e os quatro anos de marasmo e estagnação da Administração Chico Amaral, podemos dizer sem medo de errar que Campinas está agonizando, quase morta, só não pereceu, pela pujança de seu povo e pela grandeza de sua história. Junte a tudo isso ainda, uma das maiores perdas que Campinas já teve: a inexplicável morte do prefeito Antonio da Costa Santos, que muito mais do que o Toninho do PT, era sem dúvida, o Toninho de Campinas, um dos últimos políticos verdadeiramente apaixonados por nossa cidade. Mas estou cansado de falar sobre coisas tristes. Hoje é domingo de Páscoa! É dia de alegria. Sem querer desrespeitar o significado religioso da Páscoa, ou seja, o da Ressurreição de Cristo, a Páscoa é também um símbolo universal.  Independente de qual seja a sua religião, o simbolismo que representa a Páscoa é o da ressurreição, do renascimento.  Devemos deixar renascer dentro de cada um de nós os sentimentos mais valiosos que temos e, que muitas vezes sem perceber, nos esquecemos deles. Eles ficam adormecidos, mas ainda estão dentro de nós. Devemos deixar ressurgir, o amor, a fraternidade, a amizade, a compreensão e o perdão, sentimentos dos mais puros que nada tem a ver com condescendência. Esses sentimentos também devem inebriar o coração de todo cidadão campineiro que sonha em ver Campinas ressurgir das cinzas. Não podemos ser condescendentes, não podemos ser omissos. Em sete de Outubro quando teremos eleições municipais, Campinas espera poder comemorar a sua “Páscoa”. Campinas merece renascer. 

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