terça-feira, 20 de março de 2012

Vereador : a eleição mais difícil do Brasil.


“O eleitor que costuma se sentir traído pelo político que elegeu, descobre aqui, que está sendo usado de novo. Seu voto está sendo comercializado sem que ele saiba. Candidatos ingênuos, às vezes pensam estar ajudando uma comunidade inteira, quando na verdade também são enganados por pessoas bem treinadas e mal intencionadas.”

As eleições Municipais de 2012 já se avizinham. Teremos eleições para prefeitos e vereadores. Vou falar hoje sobre a eleição de vereador. Na verdade vou tratar aqui daquele vereador que está se candidatando pela primeira vez. Em minha ampla experiência como Consultor Político afirmo, sem medo de errar, que a eleição para vereador é a eleição mais difícil do Brasil. Sempre valorizei muito o cidadão que tem a coragem de enfrentar esse pleito. Independente do tamanho da cidade e de seu número de eleitores, as dificuldades para alcançar um resultado positivo, nessa verdadeira batalha campal são imensas. Apesar desses obstáculos, ano após ano, cidadãos e mais cidadãos abraçam essa empreitada. Aquele que já é vereador e se candidata à reeleição, em virtude da legislação eleitoral vigente, leva enorme e desproporcional vantagem sobre os “marinheiros de primeira viagem”. O vereador, desempenhando o seu mandato, consegue propagar e fortalecer o seu nome, fazendo-se ainda mais conhecido do que era na época de sua candidatura, o que o ajudará em muito em sua reeleição. É claro, que também há o outro lado da moeda. Hoje todas as mídias fazem uma marcação cerrada sobre todo e qualquer político, apontando seus erros e seus desvios de conduta. Essa atuação da mídia vem despertando no cidadão comum um senso crítico mais apurado, que ele externa no meio em que ele vive. Além disso, muitas vezes esse cidadão expõe suas opiniões sobre esses políticos através das redes  sociais. Mas, mesmo assim, quem tem um nome conhecido leva muita vantagem sobre aquele  que tem que se fazer conhecer. Além da desvantagem de ser pouco conhecido, inexperiente, tem pouco tempo e espaço para divulgar sua candidatura. Como se não bastassem as dificuldades aqui aventadas, ele é alvo fácil para vários aproveitadores. Quando surge um novo candidato a vereador, independente do partido político ao qual esteja filiado, os “velhacos da política”, como lobos famintos se jogam sobre eles. São vendedores de prestígio e pretensos donos da “clientela”. Denominam-se “lideranças” ou coordenadores de outras lideranças, que só eles têm acesso, que só eles têm conhecimento. Esses falsários ambulantes são verdadeiros gatunos que vislumbram o dinheiro fácil. Eles trabalham de dois em dois anos, em qualquer tipo de eleição e se dizem “experts” nas classes C, D e E, onde são “formadores de opinião”. Dizem ter influência em diversos segmentos religiosos: almoçam com os pastores, comungam com os padres, tomam passes com espiritualistas, frequentam terreiros... e por aí vai. Normalmente consideram que cobram pouco pelo total engajamento: - É uma ajudinha de custo, coisa de dois ou três salários mínimos, mas é só para cobrir despesas. Depois que tem o candidato na mão começam a multiplicação, mas não dos votos, dos pedidos, do clientelismo desavergonhado, a campanha vira um saco sem fundo... No final, a frase mais ouvida vai ser a desculpa para o fracasso:  Mas se pararmos agora vamos estragar o trabalho, precisa gastar mais um pouquinho, umas caixinhas de cerveja, aquele jogo de camisa, a Van prá 25 de Março, o ônibus para Aparecida...Precisamos garantir as “lideranças” pois eles têm voto... Votos que custam caro e que não tem nenhuma garantia. Votos que tem preço, que tem hora, mas que dificilmente aparecerão nas urnas.
O eleitor que costuma se sentir traído pelo político que elegeu, descobre aqui, que está sendo usado de novo. Seu voto está sendo comercializado sem que ele saiba. Candidatos ingênuos, às vezes pensam estar ajudando uma comunidade inteira, quando na verdade também são enganados por pessoas bem treinadas e mal intencionadas. Por isso, mesmo sem fazer uma análise mais ampla sobre o assunto, podemos chegar a algumas conclusões. É fundamental que qualquer cidadão que queira se candidatar nas próximas eleições tenha ao seu lado um profissional capacitado, que lhe mostre quem são os embusteiros e que o ajude a separar o joio do trigo. O candidato a Vereador precisa de alguém que possa dar um direcionamento a sua campanha, que trace uma estratégia que possa gerar resultados palpáveis.  Mesmo assim é bom avisar: a contratação de um profissional como um Consultor Político, experiente e bem preparado, não garante a eleição de ninguém. Consultor Político que faz essa promessa não é sério.  A contratação de um Consultor Político garante um trabalho bem feito com um saldo positivo no final da campanha, independente do resultado. A contratação de um Consultor Político, não garante que se vá gastar muito ou pouco, garante que se vá empregar bem todos os recursos disponíveis. Vou ainda mais longe, a contratação de um Consultor Político fará o candidato perceber que, se ele já tivesse conversado com esse profissional há mais tempo, lá atrás, quando pensou em sair candidato, com certeza hoje, os recursos que já despendeu seriam menores e mais bem direcionados. Apesar da vaga na Câmara não ser garantida, as chances desse candidato seriam muito maiores.
Numa campanha eleitoral aparece muita gente vendendo sonhos, mas a grande maioria só entrega pesadelos. É triste! Mas é assim que funciona. E a história se repete de dois em dois anos...

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